BOAS VINDAS

Queridos Alunos e Alunas, este Blog tem por objetivo trazer algumas informações que espero úteis.
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sábado, 6 de agosto de 2011

“Oh! Quão bom e suave é que os Irmãos vivam em união”. (Bíblia Sagrada)

É Verdade, o Legítimo Maçom Mata!
Por: Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS,
04 de agosto de 2011.


A leitura do Livro Sagrado é um ritual que marca o início dos trabalhos e simboliza a presença do G:.A:.D:.U:. em um Templo Maçônico. Os registros indicam que o uso do Livro Sagrado foi realizado, pela primeira vez, em 1717, na Grande Loja da Inglaterra, embora alguns pesquisadores apontem, o ano de 1670, como marco inicial para o uso do Livro. Para o Ir:. José Castellani, a leitura do Salmo 133 foi usada pela primeira vez nos meados do século XVIII, por algumas lojas de Yorkshire, na Inglaterra.

- O Terrorista Norueguês Anders Behring Breivik

O extremista Breivik, autor do atentado em Oslo, na Noruega, que matou dezenas de pessoas, publicou na internet um Manifesto revelando detalhes de sua ação criminosa. O Documento, “Uma declaração de Independência Europeia – 2083”, de 1.500 páginas, revela o pensamento, a personalidade, os hábitos e ligações do terrorista. O fanático dizia pertencer à Maçonaria, e postou no Facebook seu depoimento e uma foto em que ostentava paramentos Maçônicos. Imediatamente alarmistas ignorantes de todos os credos e seitas ajustaram suas miras para alvejar a Maçonaria. Seria possível considerá-lo como um verdadeiro Maçon? Breivik não pode pertencer a uma Instituição Universal defensora intransigente da paz e da tolerância religiosa. Poderíamos abrigar nos nossos quadros um assassino e extremista religioso? A maçonaria é composta por homens livres e de bons costumes e não criminosos confessos como é o caso de Breivik. O fato de frequentar uma Loja e de usar os paramentos adequados não transforma um louco em Maçon.

- Maçom Mata!

Fonte: Sérgio Quirino Guimarães da ARLS Presidente Roosevelt 025.

Saudações estimado Irmão, realmente o MAÇOM MATA!

Esta semana fui procurado por um funcionário (não posso dizer repórter, pois o mesmo não era imparcial) de uma entidade religiosa que gostaria de me fazer algumas perguntas para o jornal institucional. Sabendo que não somos bem vistos pelos membros desse segmento cristão, aceitei de pronto o encontro, afinal era uma oportunidade de desmistificar. Clima amistoso, perguntas básicas, até que começou o jogo de palavras visando descobrir “os segredos” e se realmente o demônio faz parte da Maçonaria. Tudo simples de responder, até que influenciados pela noticia do assassino norueguês, veio a pergunta final: - É verdade que o Maçom mata?

Na hora o sangue subiu, pois estou incomodado pelas manifestações e difusão da notícia por verdadeiros Irmãos Maçons. Respirei fundo e respondi: - SIM, É VERDADE, O LEGÍTIMO MAÇOM MATA! Vocês precisavam ver o brilho nos olhos e o movimento de acomodação nas cadeiras dos interlocutores. Continuei: - O Maçom Alexander Fleming ao descobrir a penicilina matou e ainda mata milhões de bactérias, mas permite que a vida continue para muitos seres humanos.

O Maçom Charles Chaplin com a poderosa arma da interpretação e sem ser ouvido, matou tanta tristeza, fez e ainda faz nascer o sorriso da criança ao idoso.

O Maçom Henri Dunant ao fundar a Cruz Vermelha matou muita dor e abandono nos campos de guerra.

O Maçom Wolfgang Amadeus Mozart em suas mais de 600 obras louvou a vida.

O Maçom Antonio Bento foi um grande abolicionista que junto com outros maçons, além da liberdade, permitiram a continuidade da vida a muitos escravos.

O Padre Feijó, o Frade Carmelita Arruda Câmara e o Bispo Azeredo Coutinho embasados nas Sagradas Escrituras e como legítimos maçons desenvolveram o trabalho sério de evangelização e quem sabe assim mataram muitos demônios.

O Maçom Baden Powell ao fundar o Escotismo pregava a morte da deslealdade, da irresponsabilidade e do desrespeito.

O Maçom Billy Graham foi o maior pregador batista norte-americano e com seu trabalho matou muita aflição e desespero. Inclusive há no Brasil um movimento chamado MEB – Maçons Evangélicos do Brasil.

Mas o Maçom não só mata, ele também é morto. Por conta dos valores de liberdade, igualdade e principalmente fraternidade, mais de 400 mil maçons, juntamente com judeus foram mortos nos campos de concentração.

Também sofremos muita perseguição aqui no Brasil, quando imigrantes europeus que professavam religiões diferentes ao Catolicismo, não podiam construir seus templos e os maçons ajudaram. Querem um segredo? Muitos cultos protestantes ocorreram dentro de Lojas Maçônicas, afinal o Maçom combate a falta de liberdade religiosa.

Este senhor Anders certamente torce por um time de futebol, tem preferência por uma marca de cerveja, tem a cor que mais gosta, ou tipo de música ou até mesmo um credo religioso, não há de se fazer vinculações.

Esta situação foi causada por um indivíduo, clinicamente perverso que tem personalidade psicopática. A psicopatia é um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de caráter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso e culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições.

O legítimo Maçom não é o homem que entrou para a Maçonaria, mas aquele que a Maçonaria entrou dentro dele.

Houve e há Maçons em todos os seguimentos da sociedade e todos com o mesmo propósito; fazer nascer uma nova sociedade, mais justa e perfeita, lógico sem esquecer que o MAÇOM MATA, principalmente o preconceito.

E vamos vivendo sempre recordando o ensinamento de Mateus 7:1-2 “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós”. Depois do cafezinho, convidei estes Irmãos (afinal somos todos filhos de Deus) para que acompanhassem a Campanha de Fraternidade que a Loja Maçônica Presidente Roosevelt iria fazer no domingo seguinte.

OBS: Não sei o porquê da reportagem não ter sido publicada no jornal e senti a falta deles na entrega dos artigos doados pelos Maçons da Presidente Roosevelt. Teria sido muito bom contarmos com o apoio na distribuição dos 100 litros de leite, mais de 100 quilos de material de limpeza, dos materiais escolares, da grande quantidade de brinquedos, do afeto e da atenção que somados pesaram 33 medidas maçônicas de Força, Beleza e Sabedoria.

Grato pela atenção, TFA

Disponível em: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=61661&cat=Artigos&vinda=S

quinta-feira, 19 de maio de 2011

RETROAÇÃO: META PETISTA

Por: Aileda de Mattos Oliveira

18/5/2011

Disponível em:

http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=60851&cat=Artigos&vinda=S

O povo e os governantes, por formação, são prisioneiros de complexo de inferioridade. Os segundos, oriundos do primeiro, tornam-se perigosos, em vista de enfeixar poderes que lhes foram delegados pelo voto, pondo em risco a nação com tal sentimento de subalternidade.

Esse complexo estreita os horizontes, limitando qualquer esforço em benefício do país. Satisfazem-se esses mandatários com o limbo, não buscando a escalada do progresso individual que leva ao progresso coletivo. Daí o jogo sujo da corrupção, que torna mais fácil o “vencer na vida”, satisfazendo-se em quedarem-se, povo e governo, na cultura da cópia do sobejo dos demais países em lugar de criarem uma cultura própria, uma identidade nacional.

É o único país em que há um desejo dos governantes de piorar de regredir de voltar à pré-história da civilização. Não há registro, de algo parecido com o que se passa no Brasil, atualmente.

A língua de uma nação aprimora-se com a educação do povo, com o desenvolvimento da arte literária, com o estudo da filosofia, enfim, de todas as disciplinas humanísticas. Conhece-se a cultura de um povo, pela maneira de ele se expressar. No Brasil, ao contrário, fazem adotar, nas escolas, livro em que os textos são escritos à semelhança do dialeto crioulo, da época colonial. Deve ser saudosismo de afro-descendentes.

O problema reside no desejo de esferas da esquerda, acadêmicas ou não, substituírem o ensino da língua portuguesa nas escolas e nas Faculdades pelo de linguística. Isto vem se intensificando desde os tempos de FHC. A intenção maior é eliminar a gramática, como algo inútil, ultrapassado, no dizer dos modernosos e comprometidos professores, seguidores da receita doutrinária deste partido nefasto que aí está. São duas disciplinas com conceitos próprios e objetivos distintos. É claro que, sem ideologia, uma pode servir à outra.

A língua portuguesa não é uma ciência. É sincrônica, estudada dentro da fase temporal que abrange uma dada população de falantes. Preocupa-se com os fenômenos ocorrentes na sua estrutura, como a sintaxe, a morfologia, a concordância, a regência, etc. A parte relativa à história da língua, há muito foi eliminada do Ensino Médio e, atualmente, um número sugestivo de Faculdades particulares, nem mais faz constar o Curso de Letras na grade curricular. A gramática torna-se o repositório da língua falada e escrita e resguarda a norma prestigiada ou culta ou formal. Portanto, visa ao bem escrever e ao bem falar, isto é, a disciplinar o uso da língua. Isto é crime?

A linguística é uma ciência, limitando-se à linguagem oral, e por ser ciência, dita conceitos universais a todas as línguas naturais, isto é, aos idiomas falados nos seus respectivos países. Por essa razão se chama “linguística geral”. Não há nesta ciência nenhum postulado que afirme estar correto o falar errado. Nem Ferdinand de Saussure, introdutor desta disciplina nos moldes atuais e autor dos apontamentos do livro-base [1], fez qualquer referência a esta asneira, tipicamente brasileira. Nem Joaquim Mattoso Câmara Júnior, introdutor da linguística no Brasil, na década de cinquenta, pronunciou tamanha heresia. Fui sua aluna em 1970, portanto, falo de cátedra.

Desta disciplina partem ramais subsidiários como a psicolingüística (ensino, aprendizagem, e suas teorias), a sociolingüística (a língua na sociedade), a neurolinguística (relação cérebro-língua, distúrbios da linguagem).

A sociolingüística, por ter como conteúdo programático a atividade da língua nos grupos sociais (diastráticos), e regionais (diatópicos) tornou-se a disciplina preferencial para a introjeção de conceitos doutrinários do professor.

Justamente, por ter como foco de estudos as características da atividade linguística nos estratos sociais, a sociolingüística leva em conta que o falar com desvios gramaticais TORNA-SE CORRETO PARA AQUELES GRUPOS, QUE AINDA NÃO DOMINAM A NORMA PRESTIGIADA do grupo social mais escolarizado. É compreensível, por só conhecerem a norma que lhe é familiar. Contudo, à medida que o falante adquire novos hábitos de linguagem, logicamente, melhorará seu desempenho gramatical. Aquele que domina apenas a norma popular, não saberá se expressar na norma formal, mas o oposto é verdadeiro: quem dominar a formal estará apto a reproduzir qualquer outra modalidade de língua.

Torna-se fácil simplificar teorias, a fim de se introduzir o vírus da ideologia espúria num campo fértil da educação, quando professores, de qualquer titulação, saem repetindo o que melhor ditar a sua filiação partidária sem se preocupar com a verdade teórica. Em colaboração com esse mafuá conceitual, serve, com fervor, a pedagogia.

Atualmente, poucos são os professores de língua portuguesa, substituídos que estão pelos de linguística, disciplina “mais fácil” e que dispensa as explicações dos fenômenos lingüísticos (de sua origem aos nossos dias), imprescindíveis no ensino da língua materna. Por razão das exigências que o ensino de língua requer, os alunos dos ainda resistentes Cursos de Letras abandonam a formação de professor de Língua Portuguesa, para irem em busca das “facilidades” da linguística ou da pedagogia, esta na área de Educação. Com tais profissionais, alunos do Curso de Letras, que ainda permanecerem fiéis à Língua Portuguesa, sairão das Faculdades sem nada saber sobre os fatos da língua que pretendem lecionar às futuras vítimas da paranoia governamental.

Diferentemente, Mattoso Câmara utilizou-se da lingüística para elucidar fatos da língua portuguesa, considerados mal-explicados ou incoerentes, da mesma forma, alguns professores menos radicais fizeram. Neste caso, a linguística passa à “aplicada” e não “geral”.

A autora do que chamam de livro, distribuído pelo MEC, deseja, de uma tacada, transformar a língua portuguesa em dialeto, aliás, como designam os linguistas as variantes regionais. Um absurdo querer impingir dialetos ao Brasil. É desejo em demasia de empurrar o gigante pelo desfiladeiro abaixo.

Haja, sim, complexo de inferioridade bastante para quebrar a cerviz desta gente que de tanto retroceder, chegará, em breve, ao sêmen, que infelizmente a gerou.

[1] O livro de Saussure, Linguística geral, post-mortem, foi escrito por outros linguistas, seus discípulos, de acordo com os apontamentos de aulas.


A Autora é Professora e Doutora em Língua Portuguesa

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Plebiscito é perda de tempo

A chacina de Realengo fez emergir um justificado sentimento de indignação contra a banalização do porte de armas de fogo. Não poderia ser diferente - e o medonho assassinato de 12 jovens em sala de aula reintroduziu na agenda do país a discussão sobre o desarmamento, da qual devem decorrer imediatas e concretas medidas. É preciso, no entanto, contornar armadilhas que acabem por desviar do ponto que realmente interessa o foco das ações a serem adotadas. É o caso da ideia, lançada pelo presidente do Senado, José Sarney, de convocar nova consulta à população, na forma de plebiscito, sobre a proibição do comércio de armas.
Esta é uma questão já resolvida - ainda que, à luz dos indicadores de violência do país, o resultado do plebiscito realizado em 2005, favorável à liberação da venda de armas em 64%, tenha representado um retrocesso. Jogo jogado, no entanto: um tema foi levado ao crivo dos cidadãos, que, livremente, tomaram uma posição. Voltar a colocar na mesa a proibição do comércio armamentista seria casuísmo, mesmo que motivado por uma tragédia. A legislação brasileira não pode variar de acordo com os humores da conjuntura, ainda mais em assunto vencido.
Também se trata de discussão diversionista. A proibição do comércio de armas era apenas um capítulo de uma lei orgânica mais ampla - o Estatuto do Desarmamento, que, mesmo desguarnecido do dispositivo sobre a venda de armamento, está em vigor e consagra uma série de normas que, se fossem cumpridas, seriam eficaz fator de inibição do armamentismo. Aqui reside, portanto, o real problema: a preocupante facilidade com que se obtém uma arma no país não decorre da existência de lojas legalmente estabelecidas - logo, passíveis de controle -, mas da inexistência de uma política de segurança que assegure o respeito às limitações previstas no Estatuto do Desarmamento. Ou seja, falta cumprir a lei.
A tibieza na aplicação do Estatuto fica evidente, por exemplo, na omissão da Polícia Federal no cumprimento de seu dever constitucional de, entre outras atribuições, fiscalizar a venda de armas no comércio legal, e rastreá-las quando cruzam o limite da legalidade para reforçar o arsenal do banditismo. Levantamento recente da CPI das Armas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro constatou que, das 10.549 armas rastreadas e apreendidas com criminosos entre 1998 e 2003, 68% haviam sido vendidas legalmente por oito lojas da Região Metropolitana. Ainda segundo a CPI fluminense, cerca de 581 mil armas circulam irregularmente no estado. Em Pernambuco, a polícia descobriu recentemente que uma única casa comercial abastecia o crime organizado de todo o Nordeste. Caberia à PF fiscalizar e inibir esse comércio, responsável por boa dose do poder de fogo dos criminosos. Voltar agora à consulta popular é perda de tempo. Apenas retrata o distanciamento que Brasília tem do país real, que já dispõe de legislação potencialmente eficaz para dar conta desta demanda. É necessário que se cumpra o Estatuto e, ao mesmo tempo, que se retome mesmo a Campanha do Desarmamento - que precisa ser permanente -, este um bem-sucedido movimento que, em sua primeira edição, logrou tirar de circulação expressiva quantidade de armamento. Este é o caminho para conter a banalização do porte e uso de armas, e reduzir as chances de o país chorar outras tragédias como a de Realengo.

Completo o texto acima dizendo que: ao que se propõe o nobre senador é surfar na onda de comoção que o caso produz, é oportunismo típico dos anti-democráticos e caudílios. É tentar colocar a "culpa" do ocorrido nos 64% que votaram contra a proibição, como quem diz: "está vendo isso é o resultado se seu voto!". ABSURDO convenhamos.
disponível em: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=60488&cat=Artigos&vinda=S
Grifos nossos

domingo, 10 de abril de 2011

Novamente, o desarmamento

Do Editorial Gazeta Digital*

A tragédia ocorrida recentemente em uma escola do Rio de Janeiro, que vem sendo chamada de massacre por ter vitimado 12 adolescentes mortos por um jovem desequilibrado, trouxe mais uma vez à tona a sempre polêmica discussão sobre o desarmamento. Na última sexta-feira o presidente do Senado, José Sarney, defendeu a revogação do Estatuto do Desarmamento, que está em vigor desde 2003 e, após passar por um referendo, decidiu contrariamente ao fim do porte de arma no Brasil.

Ao Estatuto do Desarmamento seguiu-se uma campanha visando a entrega de armas de fogo, com direito à indenização, por parte daqueles que não possuíam registro ou porte. Segundo dados do Ministério da Justiça, a campanha resultou na entrega de 443.719 armas que foram destruídas pelo Exército. Considerando a meta de 80 mil armas superada, a campanha foi estendida até outubro de 2005.

A lei aprovada no Congresso restringiu o porte de arma no país permitindo apenas em casos especiais como pessoas que vivem em áreas isoladas, policiais e militares. A proposta de Sarney é colocar novamente o assunto em discussão e elaborar uma lei mais rigorosa, segundo ele, com tolerância zero em relação às armas. Para Sarney essa permissão de porte, mesmo que restrito, abre caminho para a aquisição de armas clandestinas que acabam caindo nas mãos de bandidos e pessoas que não deveriam sequer poder chegar perto de um revólver, como é o caso do ex-aluno que disparou contra os estudantes na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo.

A proposta do senador é cheia de boas intenções, mas duvidosa, já que coloca nas mãos do Congresso a responsabilidade de tentar restringir ao máximo a capacidade de pessoas não habilitadas a terem acesso a armamentos. Mas por mais que existam as leis, é preciso que sejam cumpridas e, principalmente, que os infratores sejam duramente penalizados.

Não é de hoje que se veem bandidos fortemente aparelhados guardando as favelas e suas toneladas de drogas, munidos de armas que supostamente deveriam estar dentro dos quartéis, de posse apenas dos militares. Com estas armas enfrentam sem medo as autoridades e mesmo as apreensões que se seguem às operações da polícia parecem não ser suficientes para lhes tirar das mãos esse pesado poder de fogo.

Controlar este comércio ilegal de armas, que obviamente conta com a conivência de quem supostamente deveria proteger a população, é um desafio que exige não apenas a elaboração de leis mais severas, mas investigações sérias e punições exemplares. Este deve ser o foco principal dos parlamentares que se dispuserem a rediscutir o Estatuto do Desarmamento. A sociedade, principal refém da violência pura e bruta, tem medo e por isso vê nas armas seu melhor meio de defesa. Este é o principal motivo pelo qual votou contra o fim do porte no referendo. Eliminar as armas é uma solução muito banal para uma situação tão complexa como a da violência no país, que pede muito mais que discussões simplistas como a que propõe o senador.

* disponível em:
http://www.gazetadigital.com.br/materias.php?codigo=288826&codcaderno=10&GED=7064&GEDDATA=2011-04-10&UGID=e9413f41f49607c6c95a282bd0c9de53

Comentário pessoal: É notório em nosso País que toda vez que ocorre um fato que choca a população apareçam os também notórios aproveitadores (leia-se polítiqueiros) para apresentarem "soluções" imediatistas que geralmente lhes permite aparecer na mídia, em jornais nacionais, propondo suas idéias. Novas leis, endurecer as existentes, etc., mais, portões eletrônicos, detector de metais, guardas armados, e mais um monte de bobagens. Ao caro senador diria, que tal aprimorar o controle de nossas fronteiras para evitarmos o contrabando de armas, visto que bandido não vai registrar a sua ou entregá-la por cem reais ao invéz de já começar lobby em favor de fabricantes de portões, de detectores e de proprietários de aparatos de segurança (que aliás deveria ser fornecida pelo Estado). Fico imaginando aquela escolinha lá do interior com obrigação (por lei) de ter portão com detector de metal, é rir para não chorar. Caro senador perdeste grande oportunidade de calar-se!!!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Símblos Nacionais

Fantasma da ditadura atrapalha ensino de símbolos nacionais

Comentários

Chega a época das formaturas e é papelão para todos os lados: quase ninguém lá no palco sabe cantar o hino nacional direito. Misturar refrões e mudar palavras por outras de som parecido comprovam que os símbolos nacionais mais básicos não estão sendo ensinados da melhor forma nas escolas.
"Não seria importante a população saber cantar o hino do País, já que nesse saber estaria em jogo a idéia do patriotismo?", indaga o sociólogo e cientista político Rodrigo Ribeiro. Discutir questões como nacionalismo não é uma tarefa comum no Brasil, apesar de ser um debate importante para a cidadania. E as escolas, lembra Ribeiro, têm um papel essencial para tratar o tema.
O desaparecimento do patriotismo no povo brasileiro se deve muito à bagagem histórica que a ditadura militar deixou no País, aposta Ribeiro. Na época, o nacionalismo era propagado como parte do regime, sendo assimilado pela população como um valor aceito apenas pelos adeptos àquele governo. "De uma maneira, a sociedade criou uma barreira ao tema quando veio a democracia e o assunto foi espantado das escolas", diz.
O nacionalismo pode ser utilizado pelo governo como arma de manipulação de massas populares. "Entretanto, esse extremismo não é a essência", afirma Ribeiro. Segundo o especialista, ser patriota deveria ser um sentimento fortalecido pela sociedade, sempre cuidando para não ser desvirtuado ao xenofobismo.
O que Nelson Rodrigues chamava de Complexo de Vira-lata ainda pode ser visto no Brasil. O escritor e dramaturgo dizia que o brasileiro sempre se coloca, voluntariamente, como pior que os outros. Porém, a estabilidade econômica e a melhora da imagem do Brasil lá fora, somados a uma qualidade de vida mais próspera, estão recuperando aos poucos a auto-estima do País.
Ainda assim, o tema não é central nos colégios. Ribeiro não defende a volta ao currículo escolar da disciplina de Organização Social e Política Brasileira, a OSPB, implantada ainda antes do Golpe de 1964, pelo presidente João Goulart em 1962, mas que ficou marcada como símbolo do regime. Por isso, foi substituída por matérias como Filosofia e Sociologia, mas que não cumprem totalmente os conteúdos anteriores. "As crianças e os jovens precisam conhecer o País, os direitos e deveres, os símbolos e tradições, precisam saber o que é cidadania e democracia, porque é importante participar da vida da comunidade. Isso é algo que tem que ser ensinado", completa.

Redação Terra
26 de janeiro de 2011 • 09h39
Disponível em: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI4911496-EI8266,00-Fantasma+da+ditadura+atrapalha+ensino+de+simbolos+nacionais.html